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COP15: seu guia para a Conferência de Biodiversidade da ONU de 2022

Coral terrestre // Foto macro de suculenta
White-breasted nuthatch Autumn in the woods at Cheesequake State Park in Matawan, New Jersey. © © Jessica Kirste

Em dezembro, a corrida para proteger a biodiversidade do planeta estará no centro das atenções quando os representantes dos países se reunirem em Montreal, no Canadá, para a Conferência de Biodiversidade das Nações Unidas, conhecida como COP15.

Você já deve ter ouvido falar da COP27, a Conferência do Clima da ONU em Sharm el-Sheikh, Egito, em novembro.   Apesar de usarem a mesma sigla –COP (Conferência das Partes)– ambas foram concebidas com foco em distintos âmbitos políticos e pontos de negociação específicos. Eis um pouco da história da Conferência sobre a Diversidade Biológica e do que está em jogo para você e para o planeta.

O que é a COP15?

A COP15 é a 15ª Conferência das Partes sobre biodiversidade. Dura duas semanas, começando em 7 de dezembro em Montreal, Canadá. A COP15 —junto com as reuniões anteriores— está centrada na Convenção sobre Diversidade Biológica, um acordo internacional de 1992 sobre como as nações devem usar e proteger os recursos naturais globais. O acordo foi ratificado ou aceito por 196 países, exceto os Estados Unidos, embora representantes do governo americano participem de Montreal.

Leia o blog de Leonardo Lacerda da TNC: “É hora da biodiversidade viver seu momento Paris”.

Porta-vozes TNC Brasil na COP15

Frineia Rezende - Diretora Executiva TNC Brasil

Helcio Souza - Gerente da estratégia de Povos Indígenas e Comunidades tradicionais

Karen Oliveira - Diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais

Por que a COP15 é importante?

Desde 2015, está em vigor o Acordo de Paris, que cria vínculos jurídicos para os governos signatários —uma espécie estrela-guia para o tema— contudo, chegou a hora de atualizar as metas da década acordadas para a natureza em nível global. Assim, na conferência de Montreal, o foco será o acordo sobre um novo Marco Global da Biodiversidade de 10 anos: um roteiro para a humanidade para um futuro mais benéfico para a natureza.

As crises do clima e da biodiversidade estão fundamentalmente interligadas. O ímpeto da COP27 em Sharm-El-Sheikh também terá implicações para os resultados em Montreal.

E a corrida para salvar a biodiversidade do planeta é tão urgente quanto a crise climática. Um quarto das espécies de plantas e animais está ameaçado de extinção e mais  da metade do PIB global depende da natureza.

A ciência é clara: a biodiversidade mundial continua a diminuir em ritmo alarmante e é preciso atingir um marco representativo de proteção e conservação de 30% de áreas terrestres, de águas interiores e costeiras e marinhas, efetivamente geridas e governadas de forma inclusiva até 2030.

Quais são os temas da COP15?

A expectativa é enorme, o tempo é curto e as negociações serão complicadas. Entre os muitos assuntos a serem negociados na COP15 estarão propostas que tratem de infraestrutura, agricultura, espécies invasoras, agrotóxicos, papel das empresas e subsídios governamentais que prejudicam o meio ambiente. Os negociadores também pretendem chegar a acordos sobre o financiamento da biodiversidade (incluindo a divisão dos custos entre países ricos e em desenvolvimento), honrando a liderança indígena e valorizando a contribuição da natureza para a humanidade.

Por trás das propostas da COP15 está a conexão entre a proteção da perda de biodiversidade e o combate às mudanças climáticas. Florestas, manguezais, recifes de corais, turfeiras e outros ecossistemas que abrigam uma riqueza de vida também armazenam grandes quantidades de carbono, portanto, proteger e restaurar esses ecossistemas é essencial para regular o clima do planeta.

Por que a TNC está na COP15?

Enquanto líderes governamentais do mundo inteiro se preparam para estabelecer novas metas globais de proteção à biodiversidade, a TNC está pronta para ajudar as nações a alcançar sua ambição. Isso é fundamental para nossa missão e nossas prioridades.  Devemos proteger a natureza não apenas por si mesma, mas também para regular as mudanças climáticas e proteger as comunidades do planeta.

Eis alguns princípios-chave que estamos incentivando:

Uma proteção mais ampla e diversificada.  Estamos entusiasmados com o esforço de ampliação das metas da Campaign for Nature e da High Ambition Coalition, propondo que 30% dos habitats essenciais sejam resguardados até 2030. É preciso lembrar que há várias formas de proteção, desde o novo sistema de parques nacionais da China atéos esforços canadenses para devolver terras e águas aos seus legítimos proprietários indígenas visando estabelecer formas tradicionais de manejo e proteção de recursos.

A conservação inclusiva e o respeito pelos Povos Indígenas e comunidades locais são essenciais. Grupos indígenas administram suas terras em harmonia com a natureza há milhares de anos. Isso está sendo reconhecido recentemente pela ciência. Os esforços de proteção mais eficazes são aqueles empreendidos junto com as comunidades para garantir que suas vozes sejam ouvidas e suas necessidades e tradições respeitadas à medida que os mecanismos de proteção e conservação sejam criados colaborativamente.

A água tem valor. É preciso que essa proteção de 30% contemple toda a ampla diversidade de vida dos biomas terrestres, marinhos e de água doce e seus ecossistemas. Embora a proteção terrestre seja crucial para enfrentar a dupla crise global da mudança climática e da perda de biodiversidade, a terra por si só não bastará para resolver os problemas globais. Os ambientes de água doce, costeira e de alto mar também devem ser priorizados.

A conservação deve ser duradoura. Precisamos garantir que as ações de conservação sejam construídas e financiadas para durar. As práticas devem fornecer financiamento sustentável de longo prazo para preencher as lacunas das ações em prol da natureza e atender às necessidades de gerenciamento contínuo. Eles devem incluir as políticas corretas, estruturas legais e apoio comunitário para garantir que um sistema de áreas de conservação possa resistir a crises econômicas, tumultos políticos ou até mesmo à próxima pandemia.

Programação da TNC Brasil na COP15

Confira

  • December 8

    13:00-14:00

    Nature Positive Pavilion

     

    Estratégias inovadoras que gerem financiamento para a natureza enquanto apoiam meios de subsistência sustentáveis para as pessoas são necessárias para fechar a lacuna de financiamento para o novo Quadro Global da Biodiversidade Pós-2020. Neste evento a TNC e parceiros destacarão a bioeconomia da sociobiodiversidade, iniciativa que valoriza a natureza e a floresta, com o uso sustentável das riquezas da terra. Os palestrantes compartilharão a experiência do Estado do Pará, localizado na Amazônia brasileira,no desenvolvimento de um novo modelo de bioeconomia, com inclusão de povos indígenas e comunidades tradicionais. A TNC apresentará um estudo, desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Empresa Natura, que evidencia opotencial econômico dos produtos da sociobiodiversidade amazônica. A pesquisa mostra quecadeias produtivas da bioeconomia, como açaí, cacau-amêndoa, castanha, copaíba, cumaru, andiroba, mel, buriti, cupuaçu e palmito, só no Estado do Pará, podem gerar renda em torno de U$ 34 bilhões até 2040. A contribuição econômica das cadeias de valor da sociobiodiversidade para o PIB do Estado do Pará, em 2019, contribuiu com US$ 1,4 bilhão e gerou mais de 224 mil empregos. Essa contribuição pode ser 30 vezes maior seforem implementadas políticas públicas adequadas, como pagamentos por serviços ambientais.

    Com base nisso, o estado lançou o Plano de Bioeconomia do Pará (PlanBio), uma política pública para fortalecer a sociobioeconomia e o plano estadual de economia debaixo carbono. Esta metodologia de estudo pode ser aplicada em outros países amazônicos e em outros países com florestas em pé que queiram liberar o potencial sociobioeconômico.Participantes: TNC, BNDES, IPLC from Pará representative, IADB, Pará Government representative, CEBDS (WBCSD) Formato do evento: Painel de discussãoentre os palestrantes abordando suas perspectivas sobre o potencial e forma de impulsionar e dar escala a este tipo de produção.

     

  • Data: 13 de dezembro, terça-feiraHora: 18h às 19h

    Local: Nature Positive Pavilion (main room)

    Descrição do evento: Este evento destacará o importante papel das mulheres indígenas na preservação e transmissão do conhecimento tradicional. Apresentando iniciativas lideradas por mulheres, apoiadas por TNC e outrosparceiros, que promovema igualdade de gênero em sua comunidade, que mostram a importância de colocar o conhecimento tradicional e as soluções baseadas na natureza no centro do desenvolvimento local. Em um momento em que enfrentamos crises planetárias sem precedentes, é fundamental acelerar ações que protejam e restaurem os ecossistemas do mundo e as mulheres indígenas estão na linha de frente desse trabalho. Com este evento a The Nature Conservancy (TNC) mostra seu compromisso em implementar e apoiar políticas e práticas de equidade de gênero dentro e fora de nossa organização, por meio donosso trabalho emconservação. Neste encontro serão destacadostrês projetos apoiados pela TNC que ganharam o 13º Prêmio do Equador em 2022, doPNUD, junto com outros 7 vencedores, selecionados de um conjunto de mais de 500 indicações de 109 países.

  • December 9

    9h - 17h

    InterContinental Hotel

    Live streaming TBC

    Speakers:

    TNC Brazil and representatives from global team

    CEBDS, WWF

    Apoio: Arapyaú, WRI

  • Data:10 de dezembro, sábado

    Hora:9h30 às 12h (de 9h30 às 10h haverá um café de boas-vindas)

    Local:Hotel Monville –localizado a 2 minutos a pé do local da COP 15

    Junte-se a nós, no Hotel Monville, em Montreal, neste evento paralelo durante a COP15, queirá debater, em uma sessão interativa, os caminhos e ações necessárias para a construção de uma política nacional de bioeconomia, especialmente aquela que representa a economia dos produtos da biodiversidade manejados de forma sustentável pelas comunidades indígenas e locais.

    Participantes: studies TNC, WRI, CPI + BNDES, BID, Banco Mundial, Coalizão, Concertação

  • Celebrando as mulheres na biodiversidade - Women for Biodiversity Data: 11 de dezembro, sábado

    Hora: 19h às 22h

    Local: TBC

    Como parte das iniciativas da TNC Brasil na COP 15, iremos promover um jantar em homenagem às mulheres à frente da agenda de biodiversidade no Brasil.

  • Legado e Futuro: Construindo os próximos 10 anos do PNGATI -Lições da PNGATI e as oportunidades de financiamentos para acelerar sua implementação.

    Data:15 de dezembro, quinta-feira

    Hora:9h30 às 12h (de 9h30 às 10h haverá um café de boas-vindas)

    Local:Hotel Monville –1041 Rue de Bleury, Montréal, QC H2Z 1M7, Canadá (localizado a 2 minutos a pé do local da COP 15)

    Descrição do evento: Este painel será uma sessão interativa, liderada pela Rede APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil ) e TNC, em que os palestrantes vão apresentar o legado dos 10 anos de existência da PNGATI e discutir recomendações de ações para retomada da governança e dos investimentos nacionais e internacionais para implementação da Política de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI).Participantes: APIB, COIAB, GT do governo de transição no Brasil, TNCe outras ongs parceiras , Bndes e Fundo Amazonia, GEF, PNUD, Fundação Moore, FFord , CLUA e outras fundações privadas, agencias bilaterais ( Usaid, Norad, GIZ/KfW )

  • December 15

    18h - 19h

    Danube (510A)

     


    Post 2020 Framework

    Business

    Indigenous peoples and local communities

    Biodiversity for Development

    Sustainable Use of Biodiversity

    Speakers:

    CEBDS | CNI | WWF | TNC | LIFE Institute

Projetos e Iniciativas da TNC Brasil e parceiros

A TNC Brasil atua há mais de 30 anos na agenda de conservação do Brasil. Confira a seguir algumas das nossas principais estratégias para combater a crise climática:

Projetos e iniciativas

  • Lançada na COP 26 em Glasgow, em novembro de 2021, a Inovação Financeira para Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC) anunciou um compromisso inicial de US$ 3 bilhões em empréstimos e mecanismos de investimento para a produção de soja e gado sem desmatamento e conversão (DCF) na América do Sul, a ser desembolsado até 2025. Um ano após o lançamento, os compromissos de IFACC subiram para US$ 4,2 bilhões e os signatários agora compreendem 13 instituições financeiras e empresas do agronegócio: &Green Fund, AGRI3, DuAgro, Grupo Gaia, JGP Asset Management, Syngenta, Sustainable Investment Management, VERT, Mauá Capital, 3J Capital, OPEA, Agrogalaxy e AgDev. IFACC também está trabalhando com outras instituições financeiras e empresas que ainda não aderiram formalmente à iniciativa de aumentar os fluxos de capital para a agricultura do FCD.

     

    O setor financeiro é parceiro fundamental na transição para modelos sustentáveis de produção. Nos últimos 10 meses, vários produtos alinhados com a IFACC foram lançados e esperamos que os desembolsos excedam US$ 100 milhões até o final de 2022. A iniciativa também lançou seu relatório "Finance for a Forest Positive Future", Guia de Monitoramento de Impacto e já apoiou mais de 20 instituições financeiras no Brasil com treinamento sobre o desenvolvimento de soluções financeiras inovadoras.

  • A TNC definiu quatro paisagens prioritárias no mundo como foco do seu trabalho, e uma delas é a Amazônia, além do Quênia, Borneo e Apalaches (EUA). Entre os fatores que levaram a TNC a estas escolhas estão o potencial dessas regiões em prover contribuições globalmente significativas para nossos resultados de conservação, a alta relevância que têm para a biodiversidade e o carbono, além do potencial para inspirar novos níveis de engajamento e apoio. 

    Na Amazônia brasileira, a região de principal atuação da TNC é o estado do Pará, que abriga 9% das florestas do mundo e, ao mesmo tempo é o líder no ranking de estados brasileiros que mais desmatam e emitem carbono. Por meio de uma abordagem sistêmica, a TNC trabalha de forma colaborativa com Povos Indígenas, quilombolas, extrativistas e comunidades tradicionais, produtores rurais, governos, setor privado e sociedade civil, para enfrentar desafios contemporâneos, que demandam soluções integradas e sustentáveis.

    Recentemente, a TNC tem também contribuído para a construção do sistema jurisdicional de REDD+ do Pará, que poderá servir de modelo para outros estados e países amazônicos. A elaboração conjunta de um plano de trabalho que considera a participação de diferentes setores, incluindo povos e comunidades tradicionais, permitiu alavancar recursos, respeitar as salvaguardas socioambientais e trazer diferentes pontos de vista sobre os desafios da co-construção de um sistema jurisdicional de REDD+.

  • Anunciado na COP25, em 2019, o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) foi lançado pelo Governo do Pará, em um evento promovido pela TNC. O PEAA faz parte de uma estratégia para fortalecer a gestão subnacional da Amazônia brasileira e viabilizar a implementação de políticas públicas que visam uma economia de baixo carbono.

    O plano é composto por dois importantes pilares: financiamento –por meio do Fundo Amazônia Oriental (FAO) –e governança territorial –pela Política de Ação Integrada de Territórios Sustentáveis. Saiba mais nesta matéria.

  • Cerca de 40% do desmatamento da Amazônia acontece nas pequenas propriedades rurais, principalmente, devido à pecuária extensiva e de baixa tecnologia. 

    Mas o projeto Cacau Floresta tem provado que o desmatamento não é o único caminho para esses agricultores. As agroflorestas de cacau podem gerar mais renda, além de recuperar áreas degradas e garantir a sustentabilidade da terra no longo prazo. Saiba mais sobre esse projeto que atua junto de mais de 300 agricultores familiares, nos municípios de São Félix do Xingu e Tucumã, no Pará.

  • A TNC, em parceria com a empresa Amazon e o World Agroforestry (ICRAF), lançou em 2021 a iniciativa Acelerador de Agrofloresta e Restauração. O projeto busca gerar créditos de carbono de qualidade, atraindo investimentos e inovando ao criar um modelo de negócios expansível e replicável em outras regiões para impulsionar os sistemas agroflorestais e a restauração ecológica. 

    Com o compromisso de engajar até três mil famílias, a iniciativa irá ajudar agricultores familiares que hoje possuem áreas degradadas ou improdutivas a migrarem para arranjos de sistemas agroflorestais, com base no cultivo do cacau e outras espécies nativas da Amazônia, como o açaí, que possuem alta demanda de mercado e atrativa rentabilidade. 

    A recuperação dessas áreas deverá abranger um total de 18 mil hectares, além de remover 9,6 milhões de toneladas de carbono da atmosfera em 30 anos, em três territórios: sudeste do Pará, região da rodovia Transamazônica e região do nordeste paraense. Saiba mais aqui.

  • Em colaboração com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e o Movimento de Pescadores e de Pescadoras do Baixo Amazonas (MOPEBAM), o projeto Águas do Tapajós trabalha em parceria com comunidades tradicionais para a conservação da bacia do Rio Tapajós, no oeste do Pará. O projeto tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento local, aumentando o conhecimento sobre o uso sustentável dos recursos aquáticos e a conservação da biodiversidade de água doce na região, apoiando as comunidades ribeirinhas em sua organização, governança e gestão comunitária, para ampliação da sua participação e voz junto a outros atores da região e no planejamento do território. 

    As comunidades ribeirinhas que praticam a pesca artesanal e que dependem dos recursos da bacia para sua sobrevivência e atividade produtiva são os principais parceiros e beneficiários deste projeto. Saiba mais aqui.

  • Na região da Mantiqueira, na Mata Atlântica, a TNC promove e desenvolve o modelo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) como um dos instrumentos para atingir os objetivos de restauração e conservação. 

    Já são cerca de 100 mil hectares restaurados na Mata Atlântica, dos quais 7 mil executados diretamente pela TNC. Até 2021, essas áreas restauradas removeram mais de 9 milhões de megatoneladas de CO2 da atmosfera. Saiba mais

  • Por meio da campanha Restaura Brasil, a TNC mobiliza pessoas e empresas em um movimento coletivo em prol da restauração da vegetação nativa, com o objetivo de restaurar 1 bilhão de árvores no país, em 400 mil hectares, até 2030.

     Doe árvores e ajude a contribuir para que o Brasil alcance sua meta de restauração com o ritmo e a escala necessários para o país e para o mundo. Saiba mais.

  • Em parceria com o BID e a Natura, a TNC lançou recentemente o estudo “Bioeconomia da Sociobiodiversidade no estado do Pará”, que mostra o tamanho desse mercado. Apenas em 2019, a sociobiodiversidade no Pará gerou um PIB de R$ 5,4 bilhões e, se adotadas as políticas públicas que o estudo recomenda, poderia chegar a R$ 170 bilhões em 2040. 

    Esses dados eramdesconhecidos pelas estatísticas oficiais, que não conseguem medir o valor desse mercado em todos os elos da cadeia. Mais de 70% das florestas do Pará estão sob gestão das comunidades tradicionais (terras indígenas, reservas extrativistas, territórios quilombolas e unidades de conservação). A TNC apoia as comunidades para que seus projetos econômicos de uso sustentável dos recursos naturais em seus territórios sejam valorizados e fortalecidos. Confira aqui o Sumário Executivo e o Estudo completo.

  • A ONU deu início à Década da Restauração de Ecossistemas e o Brasil tem um enorme potencial para liderar essa agenda no mundo. Pensando nisso, algumas das mais importantes organizações ambientais da sociedade civil que atuam no país decidiram unir esforçospara uma meta comum de 10 anos: restaurar 4 milhões de hectares de florestas na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Os escritórios no Brasil da CI, TNC, WRI e WWF estão juntos na União pela Restauração, que terá seu primeiro debate público na COP26, aberto a todos que tenham interesse em se engajar nesta agenda. Saiba mais aqui. A TNC participa e colabora com diversos outros coletivos que têm objetivos convergentes. Entre eles, alguns que lançaram conteúdo específicos para a COP26 como a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; a Concertação pela Amazônia;e a iniciativa Clima e Desenvolvimento.

  • Com o objetivo de dar voz e amplitude às suaspróprias pautas, a rede de comunicadores indígenas da Amazônia começou a tomar forma em 2016 e hoje conta com comunicadores, jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos que trabalham para que as informações cheguem nas bases de cada comunidade. Organizações como a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), a Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA), a Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT), a Articulação dos povos e organizações indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP) e a Mídia Índia, com o apoio de parceiros como a The Nature Conservancy Brasil (TNC), que tem contribuído para a capacitação na criação de conteúdo digital e utilização de ferramentas e plataformas de comunicação. Saiba mais sobre como a comunicação tem se tornado  importante instrumento de luta para os povos indígenas da Amazônia.

  • Desde 2015, a TNC tem trabalhado em parcerias com grandes empresas, o setor público e a sociedade civil promovendo ações de conservação e restauração dos mananciais e bacias hidrográficas, unindo forças para criar um ambiente de desenvolvimento econômico sustentável para proteger as fontes de água. A Coalizão Pelas Águas é uma iniciativa que, entre outras estratégias, usa soluções baseadas na natureza para fortalecer a gestão hídrica, engajando o setor público e as empresas na conservação, recuperação e governança de bacias hidrográficas. O objetivo é ampliar a escala e o impacto da recuperação das bacias em regiões do Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. Os resultados foram a restauração e conservação de 124 mil hectares e a alavancagem de mais de R$ 240 milhões. Além do Coalizão pelas Águas, os programas municipais de conservação dos mananciais são peças-chaves de atuação da The Nature Conservancy (TNC). Nós ajudamos na criação de políticas locais onde temos atuação direta -da implementação, alavancagem de recursos, estrutura da governança à elaboração do arcabouço legal para a criação de leis que formalizam a criação dos programas.

  • As soluções climáticas precisam ser mais inclusivas, colaborativas e inovadoras. Como parte de uma estratégia climática abrangente, a TNC está unindo mulheres de todas as origens por meio de laboratórios de inovação, redes e workshops. Afinal, as mulheres estão lutando pelo meio ambiente em todos os setores –como cientistas, legisladoras, líderes indígenas e comunitárias, CEOs etc. –, liderando grandes vitórias para o nosso planeta. As mulheres oferecem habilidades e perspectivas poderosas que podem mudar a dinâmica da conversa sobre o clima e abrir novas oportunidades de colaboração. Acreditamos que fomentar a liderança de mulheres nas questões que envolvem as mudanças climáticas fornecerá uma plataforma para a inovação, diálogos colaborativos e ações necessárias. O empoderamento das mulheres é fundamental para proteger e gerenciar as paisagens onde a TNC atua.

  • O Programa Reverte foi lançado em 2019 pela Syngenta, TNC e parceiros locais para promover a restauração de pastagens degradadas no Cerrado brasileiro, uma região de imensurável valor natural devido a seus estoques de carbono, água doce e biodiversidade, acomodando a expansão projetada de soja e outras culturas de forma sustentável e lucrativa, evitando nova conversão da vegetação nativa.

    O programa visa apoiar os produtores rurais na recuperação de terras agrícolas através de uma solução integrada que envolve boas práticas agrícolas, protocolos de uso de insumos e uma solução financeira baseada em um programa de crédito financeiro de longo prazo.

    Reverte foi um esforço coletivo de representar instituições como bancos, empresas comerciais, produtores rurais, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a academia.

    O Programa Reverte foi criado para apoiar os produtores rurais na recuperação de áreas degradadas através de uma solução integrada que envolve boas práticas agrícolas, ferramentas financeiras e protocolos de uso de insumos que tornam os fertilizantes e sementes para máquinas e pesticidas apropriados para o cultivo de soja e outras colheitas entre culturas. Através de parcerias que compartilham os mesmos objetivos, o Programa também procura fortalecer projetos pré-existentes que possam contribuir para a evolução e escala da agricultura regenerativa no Cerrado.

  • O Programa REM (REDD Early Movers) Mato Grosso - lançado na Rio+20, em 2012- consiste na premiação por resultados obtidos na redução de emissões de gases de efeito estufa oriundas do desmatamento.

    O Estado de Mato Grosso passou a ser beneficiado pelo Programa desde 2017 por ter promovido uma redução significativa do desmatamento ao longo de 10 anos (2004-2014). O contrato do Programa REM MT prevê recursos na ordem de 44 milhões de Euros oriundos do governo da Alemanha por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) e do governo do Reino Unido por meio do Departamento Britânico para Energia e Estratégia Industrial (BEIS).

    O programa tem como objetivo reduzir a taxa de desmatamento no Estado de Mato Grosso, através da conservação da floresta e da proteção do clima, e estabeleceu como meta a Redução de Emissões (RE) na ordem de 11 milhões de tCO2e em concordância com as determinações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).

  • Florestas são aliadas essenciais na mitigação das mudanças climáticas e tem um enorme potencial para geração de renda por meio de créditos de carbono.

    A TNC Brasil tem trabalhado com o apoio do Programa Regenera América na Serra da Mantiqueira para dar escala à restauração florestal por meio do pagamento por serviços ambientais (PSA) e geração de créditos de carbono. Saiba mais

Soluções para o clima .

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Nossa equipe na COP15

    • Mariana Pitta

      Gerente de comunicação TNC Brasil

      Whatsapp +55(11) 96133-2324- Email: mariana.pitta@tnc.org

Vista aérea de área de restauração em agroflorestas de cacau na Amazônia.
AGROFLORESTAS Vista aérea de área de restauração em agroflorestas em São Félix do Xingu-PA.) © Denys Costa