Incêndios na Amazônia Incêndio em floresta próximo ao Rio Tapajós, em Santarém-PA, no ano de 2017. © Flavio Forner

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Focos de calor e alertas de desmatamento na Amazônia

Análise mostra como as áreas onde tem acontecido incêndios se relacionam com regiões de desmatamento.

Um estudo realizado pela The Nature Conservancy (TNC) levantou a localização dos focos de calor que podem estar relacionados a incêndios na Amazônia, comparando com os locais onde houveram alertas de desmatamento e relacionando as ocorrências aos municípios da região.

Os dados foram obtidos com base nos sistemas Deter e MODIS, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no dia 31 de agosto.

Municípios críticos
Municípios críticos Mapa com municípios em estado crítico na Amazônia, devido ao número de focos de calor e alertas de desmatamento. © TNC Brasil
Municípios mais afetados
Municípios mais afetados Tabela com os municípios em estado mais crítico na Amazônia, devido ao número de focos de calor e alertas de desmatamento. © TNC Brasil

O estudo analisou diferentes situações, comparando números de focos de calor e alertas de desmatamento na região amazônica. Com base nas informações, os municípios que estão em estado mais crítico, com maiores números de alertas são: Caracarai-RR, 3023 focos de calor e 20159 hectares desmatamento, Mucajai-RR, 2304 focos e 53587 hectares s e Porto Velho-RO, totalizando 2115 focos de calor e 32216 alertas. Na lista também estão municípios como Altamira-PA, Lábrea-AM, Novo Progresso-PA e São Félix do Xingu-PA, com grande histórico de conflitos de terra falta de regularização fundiária.

Focos de calor
Focos de calor Alertas de focos de calor na região amazônica detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). © TNC Brasil / INPE
Alertas de desmatamento
Alertas de desmatamento Pontos de alertas no Deter na Amazônia. O Deter é um sistema de alerta de desmatamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE). © TNC Brasil / INPE

A análise também fez uma comparação demonstrando que, na maioria dos casos, municípios que apresentaram um número maior de focos de incêndio (acima de 93), também apresentaram números de hectares desmatados mais alarmantes nos alertas de desmatamento detectados.